Entrevista: Rodrigo Paolilo – Presidente da Junior Achievement Bahia

“Trabalhamos baseados em quatro eixos: educação financeira, sustentável, mercado de trabalho e empreendedorismo. Através desses tópicos, os alunos entendem conceitos, desenvolvem ideias e aprendem a gerir”                                                                                             

 

ABMP: A Junior Achievement contribui para a criação de uma cultura empreendedora entre crianças e jovens. Como funciona o processo de atuação de vocês? E por que é tão importante fomentar o empreendedorismo desde a fase escolar?

R.P:
Trabalhamos baseados em quatro eixos: educação financeira, sustentável, mercado de trabalho e empreendedorismo. Através desses tópicos, os alunos entendem conceitos, desenvolvem ideias e aprendem a gerir, por fim, colocam em prática o aprendizado, partindo do processo de concepção, passando por diversas dinâmicas de grupo e aprendendo valores sociais, para assim despertar o interesse, aumentar o conhecimento e estimular a criação de uma empresa formalizada na fase adulta. Essas ações ganham mais importância no momento em que eles percebem que esse tipo de ensino influencia na construção do seu caráter, do quão é relevante ser uma pessoa focada e que empreender desde cedo contribui para a formação de um profissional diferenciado, tudo isso através das atividades desenvolvidas por nós. Portanto, a dedicação desses jovens é um fator importante, pois estão percebendo que esse é o momento de se preparar para a realização de seus sonhos no futuro.


ABMP:
E quem são esses jovens?

R.P: São das escolas públicas e privadas de Salvador, Região Metropolitana e Feira de Santana, do ensino médio e fundamental. Realizamos aplicações também em estudantes do primeiro ano do ensino superior e técnico, mas o nosso foco está naqueles que possuem entre 7 e 17 anos.


ABMP:
Os alunos estão surpreendendo quanto a capacidade de executar o projeto? O que você nota no desempenho geral dos participantes?

R.P: Com certeza. Estão tendo uma atitude bastante participativa, aprendendo conceitos e executando na prática os nossos ensinamentos. Eles percebem o significado de cumprir metas, estabelecer objetivos e entender o que querem para o futuro.


ABMP:
Como foi a atuação de vocês em 2016 e quais os projetos para 2017?

R.P:
No balanço, o ano foi positivo, de organização, planejamento e estruturação. Apesar de um período econômico difícil, conseguimos unir eficiência e qualidade e atender cerca de 3 mil jovens, mantendo a média de 2015. Um dos maiores destaques foi o ‘Mini Empresa’, onde os jovens criaram uma empresa na prática, identificando necessidades, problemas e fazendo projeções para o futuro, gerindo como se fosse uma empresa real atuante no mercado. Esse nosso carro chefe foi responsável por implantar com mais efetividade a cultura do empreendedorismo. Agora estamos organizando a casa, no entanto, neste ano pretendemos expandir os programas pela Bahia, atingir mais pessoas que em 2016 e personalizar os projetos de acordo com os alunos, enfatizando a cultura do empreendedorismo dentro do ambiente escolar, que nunca foi fomentada e estimulada.


ABMP:
Quais são as dificuldades de execução do projeto?

R.P:
A dificuldade principal é na questão de captação de recursos e encontrar marcas dispostas a associar o seu produto com a Junior Achievement. Atingir a cota de orçamento anual é essencial para pôr em prática nossas ideias, projetos e manter o funcionamento interno. Atualmente, temos oito apoiadores e três mantenedores: Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL), Rede Bahia e Instituto Sabin, que participam e apostam no nosso trabalho educacional com os jovens. Para ampliar o nosso alcance e chegar a mais pessoas, outras empresas podem, sim, trabalhar conosco e colaborar também nas escolhas das instituições de ensino em que vamos atuar, trazendo métodos de empreendedorismo e conscientizando o público jovem, fazendo-os ter uma visão macro de mercado e da sociedade.

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