ago/2019

Dizem que pra tudo tem um lado bom e outro ruim. A chegada, expansão e fortalecimento do digital não é diferente, especialmente para quem atua em comunicação, instigando mudanças que vem desde a academia à reestruturação de agências. Este é só um breve resumo do que Maria Ângela Costa Lino, da Baiana Business School e Vicente Aguiar, gestor de inovação da Objectiva, discutiram sobre carreira publicitária, durante o Quem sabe faz a live da ABMP, desta terça-feira (6).

 

Os dois concordam que o impacto do digital reverbera em todos os setores da economia, mas a comunicação sente mais por estar diretamente ligada às tecnologias e novas formas de se relacionar do consumidor. “Em todo o setor da comunicação, essa intensidade (mudanças advindas da tecnologia) é maior e a consequente necessidade de repensar negócios e formação profissional torna-se mais intensa também”,Vicente Aguiar.

 

O grande desafio, para ele, é integrar todas as frentes. “Uma agência tem que ser capaz de fazer a produção de um cartão de visita a um chatbot na internet. Tem que ter uma equipe criativa que consiga dialogar com esses meios e trabalhar de forma integrada e a forma que o mercado tem feito é ser agência 360º”, explica.

 

Inteligência – Para que esta integração aconteça com eficiência, toda a equipe precisa estar antenada no on e no off, sendo capaz de criar para os públicos que estejam nos ambientes ou em apenas um. Porém, nem tudo pode ser aprendido ainda na faculdade. Maria Ângela afirma que, por questões burocráticas necessárias para atualizar as grades curriculares nas graduações, o conteúdo do digital nem sempre está tão atualizado nas aulas, mas as faculdades vem tentando soluções.

 

De acordo com a também professora, “uma alternativa para compensar é a pós-graduação observando, principalmente, a necessidade do ambiente integrado e inteligência de mercado. Este é o grande diferencial. A gente precisa preparar as pessoas pra que pensem de forma integrada, que pensem que estamos no mundo digital e que não estamos também”.

 

Carreira – Na indústria da comunicação, em um quesito quem nasce na Bahia já sai na frente. “A oportunidade pra nós, baianos, é nossa capacidade criativa. (…) Se a gente junta isso com a formação analítica e capacidade interpretativa, o poder de acertividade, de resultado e amplitude de negócios que vai ter a publicidade baiana vai ser inifinitamente maior”, aposta Vicente. Estas qualificações ainda podem ser potencializadas, segundo Maria Ângela, “se você tem esse lado criativo e percebe a importancia da informação, da cultura e da gestão”.

 

O bate-papo sobre carreira publicitária rendeu ainda outros insights sobre uso de dados no planejamento, criação e acompanhamento das campanhas, papel do gestor e muito mais. Pra acessar mais dicas e orientações sobre o mercado publicitário e outros segmentos da comunicação, só assistir aos programas da ABMP no site ou redes sociais. As lives são transmitidas quinzenalmente, às terças-feiras, 15h30, com apresentação de Léo Sampaio.