2023 – O Consumidor do Futuro e a Nova Era da Indústria
Anualmente institutos de pesquisa em todo mundo produzem e compartilham estudos de tendências que ditarão comportamentos sociais e mercadológicos para o novo ano. Baseados em pesquisas, movimentações políticas e econômicas, observações e condutas geracionais, esses relatórios são utilizados por profissionais das mais diversas áreas para, entre tantos usos, a elaboração de planejamentos estratégicos, táticos e operacionais.
Autoridade global na previsão de tendências de consumo, a WGSN (Worth Global Style Network) apresentou recentemente o paper Consumidor do Futuro 2023, correlacionando o perfil do consumidor contemporâneo, aos sentimentos dominantes na atualidade.
Classificados como Antecipadores, Novos Românticos, Inconformados e/ou Condutores, os consumidores ainda são reflexos das incertezas dos anos que precederam, com acúmulo de sobrecarga emocional, anseios e insegurança que ficaram.
Diante da constatação de que a forma como se compra/adquire está diretamente ligada as experiências vividas e as perspectivas de futuro redesenhadas, os sentimentos tornara-se essenciais no entendimento, proporcionando cruzamentos estratégicos para a sociedade e profissionais das mais diversas áreas.
Apresentados pela WGSN como os “principais propulsores de comportamento que irão impactar a mentalidade dos consumidores em 2023”, a Apatia, Esperança, Percepção do Tempo e Motivação Cautelosa foram classificadas como as 4 principais características do consumidor moderno, oferecendo um cenário de previsões sobre o que será esperado e exigido na hora do consumo.
Sofisticado em suas análises, o que fica latente ao longo de todo estudo é o poder transformador que a pandemia gerou na sociedade, impactando diretamente na compreensão da memória, consciência do presente e instrução do futuro, moldando as relações nos mais diversos âmbitos, cenários e camadas sociais.
Por tantas mudanças abruptas, 2023 – classificado como uma nova era da indústria, consolida que a sociedade pode – e quer – estar em dois lugares ao mesmo tempo mediante o uso da tecnologia. As formas de trabalho foram transformadas de forma acelerada para atender a uma demanda urgente, mas agora vivem o amadurecimento dos seus formatos e a demanda crescente, tão forte a ponto de mudar expectativas de gerações inteiras e diversas.
Por outro lado, para suprir o esvaziamento afetivo que a tecnologia impulsionou nas relações econômico-laborais, o toque, a conexão e as habilidades sociais de caráter sutil, estarão como diferenciais de destaque nas relações interpessoais e de consumo. Ponto forte para atenção e investimento de marcas e empresas que desejem se destacar.
Fato é que durante um longo período ainda ‘colheremos’ os reflexos dos últimos anos sobrevividos, em confluência com as transformações naturais de uma sociedade cada vez menos presente e mais futuro.
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Rodrigo Almeida
Colunista
Relações Públicas, Mestre em Gestão e Tecnologia Industrial, Professor Universitário e Diretor da agência CRIATIVOS.
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