Diversidade nas empresas: real ou fake?

mar/2022

Se você, sua empresa ou marca nunca ouviram falar do Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), saiba que estão perdendo grandes oportunidades de contribuir com o planeta, com as pessoas e, porque não dizer, com os negócios.

Mas afinal, o que representam essas três letras e o que temos a ver com isso?

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um resumo bastante compreensível sobre o tema: os ODS são um conjunto de 17 metas estabelecidas pela ONU “para eliminar a pobreza extrema e a fome, oferecer educação de qualidade ao longo da vida para todos, proteger o planeta e promover sociedades pacíficas e inclusivas até 2030.

Dentro dessas metas, temos uma específica sobre Igualdade de Gênero, representada pelo ODS 5, e uma que fala sobre Trabalho Decente e Crescimento Econômico (ODS 8), que visa promover o crescimento econômico inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho digno para todos.

E porque estou falando sobre tudo isso? Primeiro porque é, de fato, uma agenda bastante importante. Nos últimos dois anos, o número de companhias que buscaram implementar alguma ação ESG (maneira de avaliar as práticas das empresas com base em suas políticas Ambientais, Sociais e de Governança) em seus processos cresceu vertiginosamente, segundo especialistas do setor. Um dos fatores que fez o tema florescer foi a pandemia.

De olho em todo esse movimento, é visível que alguns temas têm ganhado projeção dentro das organizações, sendo um deles Diversidade e Inclusão. Muitas companhias já possuem até comitês com foco específico nesse assunto.

Em termos de negócios, recente pesquisa do Instituto Akatu, em parceria com a Globescan, mostrou que 50% dos brasileiros consideram que a falta de contribuição das empresas impacta numa vida menos sustentável, enquanto a média mundial no índice é de 34%. Ou seja, os consumidores estão mais críticos em relação ao desempenho socioambiental das empresas.

Acompanhando essas tendências e observando o cenário que tem se desenhado no Brasil, decidi, junto com a rede que compõe a Youpper Insights, lançar um movimento pela real diversidade dentro das empresas.

Vivemos o desafio corporativo de transformar as equipes – principalmente em cargos C-Level. É preciso acabar com essa visão míope e rasa do que, de fato, representa a diversidade. Diversidade não é cumprir cotas, mas realmente acreditar no poder que diferentes pessoas, experiências e visões podem trazer ao negócio. É chegada a hora de se abrir para o novo, para a informação, se despir da ignorância e se propor a compreender o quanto o mundo tem gritado por uma sociedade mais igualitária.

Uma marca moderna e adaptável não apenas comercializa e entrega soluções para a diversidade, mas também promove a inclusão, gera oportunidades reais e carrega em sua essência as pessoas como o propósito central do seu negócio.

Somos uma rede formada com o objetivo de agregar e somar na construção de uma sociedade com diálogos interativos, colaborativos e com tendências sobre diversidade étnica, cultural e social.

Neste movimento, queremos, junto com as empresas, criar iniciativas de inclusão, consumo consciente, representatividade e contribuição para um mundo onde haja o suficiente para todos e para sempre.

Tem ideias e quer contribuir para este futuro mais sustentável que desejamos construir? Junte-se a nós.

 

Diego Oliveira

Diego Oliveira

Colunista

Fundador e CEO do Grupo Youpper Consumer & Media Insight. Expert in Consumer & Media Insights. Publicitário e mestre em Comunicação pela Cásper Líbero, especialista em gestão de projetos pela FGV, professor e supervisor universitário na ESPM nos cursos de Publicidade e Propaganda.
Mais artigos

Axé para quem é de Axé! Axé, Anitta!

A perda de seguidores após uma revelação religiosa pode ser encarada como um verdadeiro livramento divino. Aqueles que se afastam de nós nesse momento estão apenas mostrando que não estavam verdadeiramente alinhados com nossos valores e crenças mais profundas. É...

ler mais

Não era amor. Era pix. A relação por interesse.

Em um mundo cada vez mais movido por interesses e conveniências, é comum nos depararmos com relacionamentos que se baseiam em trocas e benefícios mútuos, em detrimento de sentimentos genuínos e conexões emocionais reais. O que antes era conhecido como amor, agora...

ler mais

junte-se ao mercado