Eu odeio a Propaganda
O mundo mudou e está mudando. Todos os dias. E é obvio que a publicidade também muda, dentre outras ferramentas do marketing, está cada vez mais presente na vida das pessoas. Infelizmente. Eu disse e vale ressaltar: INFELIZMENTE.
Não sei onde nós vamos chegar. Percebo milhões de consumidores falando para sim mesmos, sem admitir ostensivamente, mas já com um sentimento consolidado; percebo aquela voz interna que resulta na vontade de sair no meio da rua gritando: “Eu odeio a Propaganda”. Convenhamos que odiar é extremista, mas admitir que as pessoas gostam é extremista também.
Quem em são juízo pode gostar de ter a sua privacidade invadida com seguidas tentativas de lhe vendar serviços, através do telemarketing, sem lhe dar ao menos a chance de você bloquear o intruso? Na mesma hora o chato do outro lado da linha recorre a um dos muitos ramais de que dispõe para fazer o seu trabalho e cumprir as metas e pior é que há quem se disponha a ouvir e comprar esses serviços, senão o assédio já tinha acabado por falta de eficiência.
Tenho certeza que você odeia propaganda tanto quanto eu. A mídia tradicional pelo menos lhe oferece a opção de desligar a TV, mudar de canal, passar a página do jornal, trocar o dial do rádio, olhar para outro lado se quer evitar a mídia exterior…. A mídia digital não lhe permite essa liberdade de escolha. Você quer ler um blog, ou um site de notícias, lá está a mensagem publicitária entupindo sua tela do celular e enquanto você passa o dedo aparecem outras mensagens que lhe impedem de seguir a leitura por alguns segundos. A leitura que deveria ser prazerosa, torna-se difícil, complicada, você fechando banners, driblando outros.
E se o nosso querido Google, a maior fuxiqueira do planeta, descobre que você andou pesquisando hotéis em Salvador, lhe assedia duas ou três semanas, no mínimo, com ofertas e mensagens nas redes sociais. Resumindo: você é vítima 24 horas por dia de um assédio mercadológico insuportável, ao qual você não pode fugir, finge que não existe para não arrancar os cabelos e sair no meio da rua gritando o título deste artigo. Então não me diga que você ama a propaganda porque nesse caso posso lhe recomendar um bom psicanalista.
Escrevi no início deste artigo que não sei onde vamos chegar. Quer saber a minha opinião? Melhor você não saber. Mas, tenho a impressão que o fio invisível onde se equilibra a vontade do consumidor de explodir o intruso que lhe cerceia a liberdade de escolha e lhe aporrinha a cada instante e a necessidade de ser informado e de conhecer novos produtos e serviços que você deseja adquirir; esse fio está cada vez mais tênue. Neste momento somos bipolares: odiamos e amamos a propaganda ao mesmo tempo e em surtos, a depender de nossas necessidades. Até quando?

Nelson Cadena
Colunista
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