Inovar também é para você.
Quando, há quase 10 anos, vi uma Impressora 3D em funcionamento, tive clareza de que o futuro profissional passaria pela inovação. Acreditei que aquela nova máquina tinha, de uma só vez, conseguido derrubar múltiplas barreiras de proteção à indústria: tecnológicas e de suprimentos. Se a partir daquele momento pessoas comuns poderiam fabricar em casa e livremente próteses de braços ou peças de carro, as organizações, por outro lado, precisariam investir em boas ideias para continuarem competitivas. A criatividade seria assim, uma das mais relevantes competências a serem desenvolvidas pelas próximas gerações. Não apenas para profissionais envolvidos diretamente com a área criativa, mas para todos os demais.
Mesmo reconhecendo que o meu raciocínio talvez tenha se tornado simplista diante da complexidade do cenário atual, ainda acredito naquele insight. Agora, não mais somente pela observação de novos hardwares potentes, mas também pela oferta de soluções que envolvem processos, sistemas, compartilhamento de ideias e de equipamentos… mais do que nunca acredito que a criatividade é, e continuará sendo, uma das mais nobres habilidades dos profissionais da próxima geração. Bacana é saber que, contrariamente ao que boa parte das pessoas imagina, esta não é uma qualidade unicamente inata. Ela pode ser desenvolvida e é um dos componentes mais relevantes no processo de inovação. E como que podemos desenvolvê-la, afinal? Como as pessoas que não atuam diretamente com criação podem se habituar a pensar de forma a permitir a emergência de soluções inovadoras em seus mercados?
A internet está cheia de sites que propõem exercícios para estimular o raciocínio criativo e os processos de inovação. Para mim, é alentador saber que nem todos os produtos gerados a partir de um processo como este precisa ser disruptivo. As inovações incrementais, aquelas que não se configuram uma completa novidade, são importantes para a movimentação dos mercados e também para alcance da disrupção.
Ao profissional que deseja estimular esta competência, recomendo que conheça profundamente a área em que atua. Não apenas os produtos, mas especialmente seus usuários e respectivos comportamentos. O conhecimento e o senso de adaptabilidade é uma das variáveis mais significativas. A troca de informações, especialmente com pessoas de trajetórias diversas a sua, pode levar a sua ideia a outro patamar. Não tenha medo de expor o seu pensamento e nem muito menos de arriscar. Inovar pressupõe se expor a riscos. Ative a sua escuta para reconhecer e aceitar opiniões diferentes daquelas que tinha imaginado inicialmente. Participar de eventos ricos em debates e trocas de experiências certamente enriquecerá o seu raciocínio. Por último, tenha calma! Estudos comprovam que as melhores ideias vão sendo gradativamente aprimorada com o passar do tempo.
Além de ser um componente muito valorizado pelas empresas, trabalhar com inovação é algo muito estimulante e gratificante. Para fazer é só começar a treinar. Vamos?

Alessandra Calheira
Colunista
Mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas, na linha de Cibercultura, pela UFBA; Especialista em Marketing pela ESPM e Publicitária pela UCSal. É sócia fundadora da Proxima e consultora para Gestão Educacional e Empregabilidade da Rede FTC. É ainda professora da Pós-Graduação da UNIFACS e colunista do Bahia Notícias.
Atuou como criativa e redatora publicitária quando foi laureada com um Leão no Festival Internacional de Cannes, com uma medalha no Clube de Criação de São Paulo, Top de Marketing da ADVB, entre outros.
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