Nocaute no Branding: Como a Violência Coloca a Reputação dos Patrocinadores na Lona.
O lamentável desfecho da luta entre Popó e Wanderlei Silva, no Spaten Fight Night, que culminou em uma briga generalizada, serve como um alerta máximo para o marketing esportivo.
O patrocínio, que busca a associação com a superação e a disciplina, acabou ligado ao descontrole e à violência, ofuscando todo o investimento. A raiz do problema, seja no ringue ou nos estádios de futebol (que, infelizmente, tem sido recorrente), é a mesma: a falta de Inteligência Emocional (IE) e a incapacidade de saber perder.
A agressão dos atletas incita o público a um contágio emocional, onde a raiva se propaga e transforma a multidão em um ambiente de descontrole (neurônio espelho), alimentando a violência.
A Spaten agiu corretamente na gestão de crise imediata ao se posicionar rapidamente, repudiando a violência e reafirmando seu compromisso com o espírito esportivo. Contudo, apenas a declaração não é suficiente. A sobrevivência da reputação exige que a marca vá além das palavras e demonstre uma blindagem ética proativa. Os próximos passos são cruciais. A Spaten deve se posicionar exigindo a investigação e punição para os membros das equipes envolvidas e anunciar a revisão dos protocolos de segurança para futuros eventos. Além disso, deve investir na causa da violência, direcionando recursos para programas de Inteligência Emocional e resiliência para atletas e equipes, transformando a marca em uma agente de solução. É fundamental, também, implementar e fiscalizar cláusulas de conduta com penalidades financeiras claras.
O Preço do Patrocínio
Se a pancadaria nos eventos esportivos é um risco inerente, a inação (falta de ação) da marca é um erro fatal. Eu diria que, neste momento, o patrocínio precisa se tornar um investimento em branding inteligente. Não se trata da marca ser um escudo social, mas sim dela buscar ativamente um posicionamento que reforce valores positivos. Não basta pagar para ter o logo exposto; a marca deve pagar para garantir que o seu nome esteja associado às virtudes. As empresas que demonstrarem esse compromisso ativo, investindo na resiliência e no controle dos atletas, serão as únicas capazes de transformar a paixão do esporte em capital de marca. O investimento no espetáculo só vale a pena quando o posicionamento branding está alinhado aos valores da marca e à mensagem positiva que o esporte se propõe a passar.
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Olivia Berni
Colunista
Neuroestrategista de comunicação e CEO do Neuro Insights News e da Plenamind
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