O empreendedorismo saiu do armário

nov/2021

Ter um bom emprego, usufruir dos benefícios e contabilizar décadas dentro de uma mesma empresa já foi o sonho da maior parte da população profissionalmente ativa. Até eu, mesmo ciente do meu espírito empreendedor desde muito jovem, já vivi isso.

As crises que mudam drasticamente a conjuntura de um país foram trazendo novas perspectivas. Ao mesmo tempo que acompanhamos o volume de desempregados aumentar, vimos também as novas tecnologias servirem de trampolim para ideias criativas e disruptivas.

A pandemia, provocada pelo (agora não tão novo) coronavírus, é um grande furação em erupção. As consequências desse acontecimento global traz uma enigmática dicotomia: destrói vidas, famílias, sonhos, negócios; aquece mentes, parcerias e empreendimentos.

Em recente live que realizei no canal da ABMP (Associação Baiana do Mercado Publicitário), nosso convidado Isaac Edington, da Saltur, falou uma frase que ficou ressoando em mim desde então: “o empreendedorismo saiu do armário”. É a pura verdade!

Como ele mesmo disso, “O universo está continuamente em expansão, e a nova geração de empreendedores mostra uma expansão que não volta, porque as pessoas precisaram se virar e encontrar soluções. Mesmo os que não deram certo, se transformaram”.

O empreendedorismo sempre foi uma das principais soluções em momentos históricos de instabilidade mundial. E não é à toa. Se formos conferir, muitas foram as empresas que surgiram em tempos de crise.

Em 2020, com a pandemia do novo coronavírus se iniciando no Brasil, tivemos o despertar de mais um momento de dificuldade econômica que gerou muitos desempregos e a fome. Como saída para novas possibilidades de renda, o empreendedorismo foi a alternativa escolhida por diversos brasileiros. E os números comprovam: em 2020, o Brasil teve o maior número de novos empreendedores de sua história, mais de 3,36 milhões empresas abertas.

Muitas pessoas decidiram investir num negócio próprio por subsistência ou renda extra, já que muitos também tiveram redução de trabalho e jornada. Inovação é a chave. Ideias inovadoras sempre revolucionaram o mundo e, em momentos de crise, continuam trazendo soluções que beneficiam toda uma comunidade.

Durante a pandemia da Covid-19, estamos vendo o quanto as adversidades têm proporcionado a inovação em pequenas empresas. Principalmente no que se refere ao empreendedorismo digital, que vem proporcionando um maior aumento das vendas online e distribuição – já que muitas empresas foram obrigadas a se adaptar a essa nova realidade para manterem seus negócios funcionando.

Segundo pesquisas feitas pelo Sebrae, o investimento em canais digitais é uma tendência entre as micro e pequenas empresas que têm utilizado esses meios, como as redes sociais e aplicativos como plataformas de vendas. Entre os empresários pesquisados, 16% passaram a vender por meio de ferramentas digitais a partir do começo da pandemia no país.

A busca por soluções e alternativas para as mais diversas questões do dia a dia podem ser fonte de ideias de sucesso. Você já parou para pensar nos problemas que enfrentamos cotidianamente? Em momentos de crise, geralmente, as questões tendem a se multiplicar ainda mais, já que afeta o bolso de muitas famílias e diversos setores são impactados negativamente.

O empreendedorismo nasce assim, trazendo a resposta que precisamos para atender demandas do mercado com novas oportunidades.

Diego Oliveira

Diego Oliveira

Colunista

Fundador e CEO do Grupo Youpper Consumer & Media Insight. Expert in Consumer & Media Insights. Publicitário e mestre em Comunicação pela Cásper Líbero, especialista em gestão de projetos pela FGV, professor e supervisor universitário na ESPM nos cursos de Publicidade e Propaganda.
Mais artigos

Axé para quem é de Axé! Axé, Anitta!

A perda de seguidores após uma revelação religiosa pode ser encarada como um verdadeiro livramento divino. Aqueles que se afastam de nós nesse momento estão apenas mostrando que não estavam verdadeiramente alinhados com nossos valores e crenças mais profundas. É...

ler mais

Não era amor. Era pix. A relação por interesse.

Em um mundo cada vez mais movido por interesses e conveniências, é comum nos depararmos com relacionamentos que se baseiam em trocas e benefícios mútuos, em detrimento de sentimentos genuínos e conexões emocionais reais. O que antes era conhecido como amor, agora...

ler mais

junte-se ao mercado