O que a Cúpula do Clima pode aprender com o Empreendedorismo de Impacto Climático no Mundo?

maio/2021

“Somos a primeira geração a sentir os efeitos das mudanças climáticas e a última que pode fazer alguma coisa sobre elas.” 

 

Essa frase de Barack Obama relata muito bem o ponto em que estamos. Depois de alguns dias após a Cúpula Mundial do Clima percebo que o Big Brother Brasil tem gerado muito mais discussões do que como a velocidade do aquecimento global tem provocado emergências no mundo todo.

No último dia 22, líderes de 40 países se comprometeram com metas e ações bem ousadas a fim de reduzir as emissões de carbono ao redor do planeta (o que me deixou de orelha em pé, mas torcendo para que tudo se concretize!).

No entanto, no Brasil, dados do Observatório do Clima (rede de organizações da sociedade civil) concluíram que nos primeiros oito meses do ano o Ministério do Meio Ambiente não gastou nem 1% da verba para preservação (tinha em caixa mais de R$ 26,5 milhões, mas usou pouco mais de R$ 105 mil).

Enquanto o Ministério economiza, a outra ponta da economia ambiental gira a todo vapor. Encontramos empreendedores empenhados em fazer as coisas acontecerem, com ou sem incentivo público, focados 100% no empreendedorismo climático.

Da emissão de carbono à poluição das águas, das queimadas ao desmatamento, startups vêm ganhando força e se destacando com soluções para combater problemas socioambientais. 

Assim, fiz uma busca rápida para entender como estava o ecossistema Brasileiro referente ao empreendedorismo de impacto ambiental e resolvi trazê-lo para vocês.

Então, o que o setor de impacto tem feito para ajudar a acelerar a regeneração ambiental?

Para ilustrar, listo aqui 7 iniciativas brasileiras que têm desenvolvido negócios lucrativos e que trazem como core business a tecnologia focada em resolver, além dos problemas discutidos na cúpula do clima, muitas outras questões que têm afetado diretamente o nosso planeta.

Conheça!

 

Climate Ventures: Uma das maiores referências no setor, a Climate Ventures é uma plataforma de inovação multisetorial com o propósito de acelerar uma economia regenerativa e de baixo carbono. Em dois anos, a Climate Ventures já mapeou mais de 500 negócios. Fonte: https://www.climateventures.co/

 

Instituto Clima e Sociedade (iCS): Outra grande referência quando o assunto é mudança climática no Brasil. O iCS é uma organização filantrópica que promove prosperidade, justiça e desenvolvimento de baixo carbono no Brasil e que, em breve, vai lançar uma plataforma para gerar escala para ações locais e contribuir para o aumento da ambição de estados e municípios nos compromissos climáticos.

Fonte: https://www.paraoclima.org.br/ e https://www.climaesociedade.org/

 

Global Forest Bond: A metodologia Global Forest Bond permite que proprietários de terra preservem florestas nativas, emitam títulos financeiros lastreados nesses serviços ambientais e sejam remunerados por isso. Fonte: http://gfbond.com.br/

 

Null Carbon: Plataforma que registra a quilometragem percorrida por pessoas que usam a bicicleta como meio de transporte, transforma em crédito de carbono, que são vendidos no mercado voluntário e devolve parte do valor aos usuários. Fonte: https://www.instagram.com/nullcarbon/ 

 

Sunne: Uma empresa de relacionamentos que utiliza a tecnologia para democratizar o acesso às energias renováveis. Fonte: https://sunne.com.br/

 

Biosolvit:  Startups reconhecida mundialmente por ter criado um absorvedor orgânico de petróleo. A marca atua em três áreas focadas na Inovação Sustentável: pesquisa e desenvolvimento; produtos para a preservação da água e produtos para a preservação da flora. Fonte: https://biosolvit.com/

 

Papel Semente: A empresa fabrica papéis ecologicamente corretos, que podem virar hortaliças, verduras ou flores. Os itens são comumente utilizados como etiquetas e convites por marcas conscientes da responsabilidade social e ambiental. E por meio de ações de impacto social, a startup é responsável pela geração de renda na comunidade de Guaxindiba, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, já que 90% dos funcionários residem no local. https://papelsemente.com.br/ 

 

Dentre essas, poderíamos citar inúmeras outras mas, enquanto isso, seguimos com o grande desafio de unir Governo, Empresas e Sociedade Civil para ajudar a encontrar um equilíbrio entre a produção de riquezas e a sustentabilidade ambiental.

Tá, mas afinal, o que a Cúpula do Clima pode aprender com o Empreendedorismo Climático no Mundo? Uma coisa básica: menos metas, mais mão na massa.

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O conteúdo e opinião publicados neste artigo são de inteira responsabilidade do autor ou autora.

Mel Oliveira

Mel Oliveira

Colunista Convidada

Publicitária, Master em Negócios Internacionais pela Universitat Politècnica de Catalunya, Barcelona. Habilitada em E-Marketing pela Middlesex University, E-Branding pelo Chartered Institute of Marketing – Inglaterra – e Especialista em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas.

Atualmente é Empresária, Professora de Pós-Graduação, Sócia-Fundadora da Agência Converse, Business Agency focada em negócios digitais, Sócia-Fundadora da MChannel.Ad, empresa focada em tecnologia para o mercado de publicidade e Diretora Local do Founder Institute, uma das maiores aceleradoras de startups do mundo com sede no Vale do Silício.

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