O que você quer do futuro?
Há uns 10 anos, mais ou menos, em meio a uma das fases mais conturbadas da minha vida, li Martha Medeiros e aquilo foi uma das coisas que mais me marcou:
“Felicidade depende basicamente de duas coisas: sorte e escolhas bem feitas. Tem que ter a sorte de nascer numa família bacana, sorte de ter pais que incentivem a leitura e o esporte, sorte de eles poderem pagar os estudos pra você, sorte por ter saúde. Até aí, conta-se com a providência divina. O resto não é mais da conta do destino: depende das suas escolhas. …
A gente é a soma das nossas decisões, todo mundo sabe. Tem gente que é infeliz porque tem um câncer. E outros são infelizes porque cultivam uma preguiça existencial. Os que têm câncer não têm sorte. Mas os outros, sim, têm a sorte de optar. E estes só continuam infelizes se assim escolherem.”
E marcou justamente porque eu parei de simplesmente buscar atingir minhas tarefas cotidianas e realizar coisas que todos fazem e acabam sendo automáticas, como: me formar na faculdade, buscar um bom emprego, um relacionamento legal, e por ai vai. Naquele momento eu parei e pensei: mas o que eu quero da minha vida? O que a Fred busca? O que fará ela feliz?
E tudo isso foi para eu aprender (ou seria conscientizar?) que estamos nessa vida para sermos felizes. E a felicidade não vem em manuais, ela não tem um padrão de conquista e muito menos requisitos básicos. Felicidade é aquilo que te deixa em paz e com o coração leve. Felicidade é olhar para a sua trajetória e sentir orgulho da pessoa que você é.
Com tudo isso vieram alguns aprendizados….
Aprendi a não me cobrar. Aprendi a ver cada erro ou derrota como oportunidade. Aprendi que nem sempre os planos de Deus são os meus planos. Aprendi que para ser feliz é preciso de coragem (e como!). Aprendi que a felicidade é individual e subjetiva, que cada pessoa tem um sinônimo para ela. Aprendi que as prioridades são diferentes. Aprendi que quem é diferente de mim não é errado, e eu devo aprender com todos. Aprendi que a gente deve agarrar todas as oportunidades que aparecem e que vão de acordo com o que acreditamos.
E por que escrevo tudo isso? Para tentar trazer um pouco de “luz” para esses momentos tão sombrios que estamos vivendo. E, mais do que isso, para vocês também pararem e refletirem: O que vocês querem do futuro? O que vocês querem da sua vida? O que vocês têm feito vai ajudá-los nisso tudo?
Nunca é tarde para nos organizarmos e irmos em busca do nosso equilíbrio. E, sim, o equilíbrio também é individual e cada um deve buscá-lo do seu jeito e como funciona melhor para você. É sobre isso que eu escrevo e acredito, que cada pessoa tem o seu jeito de fazer as coisas funcionarem, e não existe o jeito certo e sim aquilo que faz sentido para você e para a sua busca pelo seu “eu” do futuro.
Uma busca pelo autoconhecimento é sempre necessária. Assim como traçar planos e desenvolver atitudes neste sentido. Nenhuma escolha é permanente, mas, como diz a Martha, a gente é a soma das nossas decisões. Decisões essas que vão me auxiliar a traçar meu caminho para chegar aonde eu quero no futuro. E, por favor, não olhe para o lado cobiçando ou menosprezando as conquistas de cada um, mas faça a sua parte nesse mundo.
Assim, desejo a todos que têm sorte, escolhas bem feitas. E àqueles que não tem sorte, que possuam sabedoria para compreender o seu caminho (ai já é um papo para a próxima vez).
Fred Mette
Colunista
Doutora em administração, amante e atuante nas áreas de finanças, marketing, empreendedorismo e inovação. Possui com experiência em consultoria, avaliação de negócios e planejamento estratégico e financeiro. Sócia e idealizadora da U-Plan Startup. Seus interesses de pesquisa incluem, principalmente, psicologia econômica, endividamento e bem-estar financeiro. Atualmente é professora na PUCRS, onde atua como agente de inovação e coordenação de programas de MBAs
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