Paixonite aguda

jan/2023

A vida é uma verdadeira escol(h)a e, diariamente, nos deparamos pensando em algo do passado ou tentando entender o que vem pela frente. Se tornou rotineiro pessoas que me procuram para falar sobre diversos assuntos –  carreira, trabalho, cursos, relacionamentos… algo em comum acontece durante ou quando nos despedimos. Todos querem entender se estou feliz com as escolhas que eu fiz, ou melhor, faço diariamente. Minha resposta é simples e objetiva: Paixão. 

Como diz a música ‘Alô Paixão’ da Banda Eva, uma clássica canção eternizada na voz da minha querida Ivete Sangado, “De amor explode a paixão, meu coração”. A paixão sempre foi e será a peça certa para que a engrenagem da minha vida não perca seu propósito. Quando temos paixão pelo o que fazemos, temos a missão de deixar nossas escolhas vivas, e isso nos ajuda a conviver com as mudanças que ocorrem dia após dia e assim partimos para a ação – a ação em aprender a desaprender, e reaprender, estando aberto a pensar. Tudo isso para manter a nossa paixão viva e acesa. 

Venho acompanhando, muito de perto, grandes angústias de amigos, parceiros, clientes e pessoas próximas sobre o futuro da comunicação, o fim dos meios, o avanço da tecnologia, a dificuldade em conseguir bons resultados em suas estratégias de mídia e, muitas vezes, se teremos mercado para continuar atuando. Talvez o meu lado racional me conforta em estar de coração e mente abertos para reaprender sobre a paixão que eu carrego comigo.  Tive o prazer em fazer um curso de datilografia, depois o curso do pacote office, tentar o uso da internet discada, os relacionamentos nas salas de bate papo, o esquecimento do número do telefone fixo de casa, a bug do ano 2000, o boom do Titanic e Matrix, depois a vida exposta em uma rede social, o grande reality show, a busca por um celular, boa parte sendo mordido pela maça tecnológica, tecnologia disponível independente de gênero, classe social e idade ou região, e recentemente, novas possibilidades de consumo e interação entre público e marcas. Passa um filme na minha cabeça, mas paro e penso: tantas mudanças e eu me adaptei para deixar a minha paixão viva. Paixão em conseguir fazer essa ligação entre o mundo das pessoas x mundo das marcas x mundo dos pontos de contato. O mais legal disso tudo: minha paixão tem relação com gente e gente é muito bom de lhe dar. Afinal, somos também. 

Uma coisa estou claro: conhecer de gente e está com gente faz a sua paixão se manter viva. A tecnologia sempre foi presente e a gente é capaz de fazer as adaptações necessárias.

_______________
O conteúdo e opinião publicados neste artigo são de inteira responsabilidade do autor ou autora.

Diego Oliveira

Diego Oliveira

Colunista

Fundador e CEO do Grupo Youpper Consumer & Media Insight. Expert in Consumer & Media Insights. Publicitário e mestre em Comunicação pela Cásper Líbero, especialista em gestão de projetos pela FGV, professor e supervisor universitário na ESPM nos cursos de Publicidade e Propaganda.
Mais artigos

Axé para quem é de Axé! Axé, Anitta!

A perda de seguidores após uma revelação religiosa pode ser encarada como um verdadeiro livramento divino. Aqueles que se afastam de nós nesse momento estão apenas mostrando que não estavam verdadeiramente alinhados com nossos valores e crenças mais profundas. É...

ler mais

Não era amor. Era pix. A relação por interesse.

Em um mundo cada vez mais movido por interesses e conveniências, é comum nos depararmos com relacionamentos que se baseiam em trocas e benefícios mútuos, em detrimento de sentimentos genuínos e conexões emocionais reais. O que antes era conhecido como amor, agora...

ler mais

junte-se ao mercado