Quanto você está disposto a pagar por um descuido em sua carreira?
Uma palavra feia e de pronúncia chata vem sendo apontada como vilã da eficiência corporativa: procrastinação. Empurrar com a barriga é um velho hábito de muitos mortais! Principalmente, quando não se vê um motivo que justifique a fadiga imediata. Se tenho emprego, para que currículo? Se os negócios vão bem, não preciso investir em network. E para que perder tempo com o LinkedIn se meus amigos estão no Facebook? A questão é que todas essas ações, que são tão caras a empregabilidade, devem ser executadas de forma sistemática quando as ideias estão claras e a autoestima elevada. Afinal, trabalhar imagem e reputação em meio a uma crise profissional não parece uma boa ideia! Faz-se necessário discutir alguns pontos visando desconstruir paradigmas.
Redigir um bom currículo não é o mesmo que preencher um formulário baixado da Internet. Os profissionais de RH têm muitos documentos para analisar. Obtém destaque os mais bem estruturados, que estabelecem relação entre o objetivo profissional, os valores da empresa e as experiências de mercado do candidato. O que o torna mais interessante é quando se destaca os resultados verdadeiros e positivos alcançados com as experiências. Mas, esses dados nem sempre são lembrados por quem está se sentindo preterido, injustiçado ou simplesmente perdido.
Networking não é uma rede formada por amigos que nunca se encontram, mas nutrem milagrosamente um afeto mútuo e eterno. A rede profissional é formada por conexões fortes e também fracas. A ligação com um conhecido pode, em determinados casos, ter até mais relevância do que com a de um amigo de infância. Todos os vínculos precisam ser alimentados para que a partir destes, seus membros possam extrair valor, significado. Existem inúmeras técnicas de networking o mais interessante é que elas sejam praticadas de forma perene em momentos em que se possa, primeiramente, oferecer apoio e não pedir. Uma vez construída uma rede consistente, você poderá utilizá-la para os mais variados fins.
O LinkedIn há muito deixou de ser um site de currículo para quem busca emprego para se transformar na maior rede de relacionamento profissional do mundo. Pode sim ser usada para a publicação de um currículo vivo e criação de uma network valorosa. Mas não só isso. Essa rede é estratégica para estabelecer relevância profissional, fortalecer uma marca pessoal e construir reputação. Neste espaço pode-se consumir e produzir conteúdo visando conseguir boas colocações e também bons negócios. Não basta fazer um perfil e esquecer. É preciso interagir de forma inteligente e com frequência.
Por tudo isso, recomendo mesmo que você esteja confortável na sua profissão não procrastine o início destas atividades. Num cenário volátil e dinâmico é inteligente se preparar. Não apenas para tempos difíceis, mas sobretudo para oportunidades melhores.
Alessandra Calheira
Colunista
Mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas, na linha de Cibercultura, pela UFBA; Especialista em Marketing pela ESPM e Publicitária pela UCSal. É sócia fundadora da Proxima e consultora para Gestão Educacional e Empregabilidade da Rede FTC. É ainda professora da Pós-Graduação da UNIFACS e colunista do Bahia Notícias.
Atuou como criativa e redatora publicitária quando foi laureada com um Leão no Festival Internacional de Cannes, com uma medalha no Clube de Criação de São Paulo, Top de Marketing da ADVB, entre outros.
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