Entrevista: Márcio Lima – Presidente da CUFA Bahia

maio/2025

“O Cri.ativos da favela chega pra romper essas barreiras, oferecendo ferramentas concretas e valorizando talentos que já existem nas favelas.                                                                                                                                                                                        

 

 

 

ABMP: O Cri.Ativos da Favela chega a Salvador com uma proposta potente de transformação social por meio do audiovisual e da tecnologia. Como você enxerga o impacto dessa iniciativa no contexto específico da juventude baiana?

ML: O impacto é imenso e extremamente necessário. A juventude baiana possui um potencial criativo gigantesco, mas muitas vezes encontra barreiras para acessar formação de qualidade e oportunidades reais no mercado, muitas vezes por carregarem junto o peso do estigma de onde moram. O Cri.Ativos da Favela chega para romper essas barreiras, oferecendo ferramentas concretas e valorizando talentos que já existem nas favelas. Além disso, promove autoestima, pertencimento e abre portas para que esses jovens possam contar suas próprias histórias, com protagonismo, utilizando o audiovisual como meio de expressão e transformação social.

ABMP: A formação oferecida vai além da técnica, incluindo trilhas de autoconhecimento, cidadania e empreendedorismo. Como essa abordagem integral contribui para ampliar as possibilidades de futuro dos participantes?

ML: Essa abordagem é fundamental porque prepara os jovens de forma completa. Não basta apenas ter habilidades técnicas, é preciso desenvolver também competências sociemocionais, leitura de mundo e capacidade empreendedora. Ao trabalharmos o autoconhecimento, fortalecemos a identidade e a confiança dos participantes; com cidadania, estimulamos o senso de responsabilidade social; e, com o empreendedorismo, mostramos que eles podem ser protagonistas, criando suas próprias oportunidades. Esse conjunto amplia significativamente as possibilidades de inserção no mercado e de transformação pessoal, além da equipe de profissionais na área de audiovisual teremos psicóloga e assistente social para fazer o acompanhamentos e acolhimento dos participantes.

ABMP: Você afirmou que essa será “a primeira turma de muitas” em Salvador. Quais os planos da CUFA Bahia para garantir a continuidade e a expansão do projeto nos próximos anos?

ML: Nosso objetivo é consolidar o Cri.Ativos da Favela como um programa permanente na Bahia e expandi-lo para outras cidades do estado. Para isso, estamos focados em construir parcerias sólidas com empresas, órgãos públicos e instituições de ensino, emissoras de Tv garantindo recursos e estrutura para novas edições. Além disso, queremos criar uma rede de ex-alunos que possam atuar como multiplicadores, fortalecendo o ecossistema criativo nas favelas baianas. A ideia é que, a cada edição, possamos impactar mais jovens e fomentar um movimento contínuo de transformação social através do audiovisual.

ABMP: O acesso a equipamentos profissionais e mentoria especializada são diferenciais importantes do curso. Como esses recursos têm ajudado a revelar talentos e preparar os jovens para atuar no mercado criativo?

ML: Esses recursos são essenciais porque reduzem a desigualdade de oportunidades. Muitos jovens talentosos não conseguem se desenvolver justamente pela falta de acesso a equipamentos de qualidade e orientação especializada. Ao proporcionar isso, o Cri.Ativos da Favela permite que eles vivenciem na prática os processos do mercado audiovisual, adquiram experiência real e desenvolvam portfólios profissionais. Além disso, a mentoria conecta os jovens a profissionais experientes, que não só ensinam técnicas, mas também compartilham vivências e abrem portas para inserção no mercado criativo.

ABMP: O Cri.Ativos da Favela mostra como marcas, governo e comunidades podem construir juntos um futuro mais inclusivo e criativo. Como você enxerga o potencial transformador dessas parcerias e o papel da CUFA como ponte entre esses mundos?

ML: As parcerias são a base para transformar sonhos em realidade. Quando institutos, marcas, governo e comunidade se unem em torno de um propósito comum, como o desenvolvimento da juventude das favelas, o impacto é muito mais potente. A CUFA atua como essa ponte, articulando interesses, conectando recursos e garantindo que as ações cheguem efetivamente a quem mais precisa. O Cri.Ativos da Favela é um exemplo concreto de como essas alianças podem gerar transformação social, inclusão produtiva e fortalecimento da cultura das favelas. Acreditamos que esse modelo de colaboração é o caminho para um futuro mais justo, criativo e diverso.

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