Entrevista: Ana Coelho – Ex-presidente da ABMP #EspecialABMP25Anos
“Eu considero que a ABMP tem como característica principal ser uma representação de classe que questiona, provoca e propõe mudanças na forma como o grupo encara o mercado. Não há mais espaço para acomodação e os líderes da ABMP têm mostrado nos últimos anos que esse movimento é irreversível.“
25 anos de história é um marco na história da nossa associação. Para fechar a ação de comemoração com os ex-presidentes, convidamos Ana Coelho.
Ela, que acumula uma vasta experiência, esteve à frente da ABMP de 2017 a 2021 e, neste período, realizou grandes feitos. Um deles a criação do Scream Festival, um evento com alma local e cara global.
Saiba mais sobre a trajetória de Ana e o que ela realizou durante sua gestão, conferindo a entrevista completa logo abaixo.
ABMP: Ana, para começar gostaríamos de saber: para você, o que a ABMP significa e qual a importância que você enxerga de uma instituição como essa para o mercado?
AC: Eu considero que a ABMP tem como característica principal ser uma representação de classe que questiona, provoca e propõe mudanças na forma como o grupo encara o mercado.
Não há mais espaço para acomodação e os líderes da ABMP têm mostrado nos últimos anos que esse movimento é irreversível.
O resultado é uma revolução que permite que todos consigam ser protagonistas desse processo de transformação e não apenas passageiros de um barco que navega em águas desconhecidas.
ABMP: À frente da ABMP você realizou grandes feitos, entre eles a concepção e lançamento do Scream, um festival que vem sacudindo o mercado criativo nos últimos anos.
Conta pra gente, de onde veio a inspiração para criar um evento como o Scream?
AC: O Scream é um projeto que eu tive o privilégio de liderar quando estive à frente da ABMP. Ser fundadora do Scream é algo que me deixa feliz, e com sentimento de dever cumprido.
Um evento com alma local e essência global. Desde o começo, o objetivo era reafirmar a posição de Salvador como um centro nacional da criatividade e inovação. Penso que fomos bem sucedidos.
O Scream é o marco de um movimento que reforça essa nossa vocação comprovada pelo mercado e consagrada pela cultura.
E acho que deu uma sacudida no mercado publicitário também, porque noto que o pensamento geral, parece estar cada vez mais voltado para a construção de uma indústria criativa consistente e menos apegada a formatos consagrados e relações desgastadas.
Além disso, o SCREAM coloca inovação e empreendedorismo de mãos dadas com relações leais de trabalho, respeito às minorias e sólidos princípios éticos. Algo salutar para todos que fazem parte desse ecossistema.
ABMP: Além do Scream, durante a sua gestão também foram criados os grupos de trabalho: uma iniciativa da ABMP que tem por objetivo capacitar profissionais e promover networking. Como você enxerga iniciativas como essas?
AC: A ideia dos grupos de trabalho nasceu a partir de uma pesquisa que contratei durante o início da minha gestão. O objetivo era entender o que o mercado publicitário pensava sobre a própria atuação, além de perspectivas e tendências para o negócio.
Com esse diagnóstico pronto, eu concluí que deveríamos criar comitês para debater os assuntos que a pesquisa indicava como sendo os mais relevantes. E assim, criamos núcleos relacionados à diversidade, capacitação e outros temas sensíveis em nosso meio.
A intenção era incluir o maior número possível de pessoas para as discussões da ABMP – associados ou não. Todo mundo que fosse do mercado da economia criativa poderia se inscrever. Esses grupos se reuniam periodicamente, tinham um líder e debatiam as mudanças que poderiam ocorrer em nosso mercado.
Considero ser papel de quem está à frente da entidade abrir a associação para mais gente participar, ampliar as discussões, a fim de gerar desenvolvimento e transformações significativas. Os grupos de trabalho foram uma contribuição interessante nesse sentido.
ABMP: Nos últimos anos o mercado publicitário baiano avançou muito. Porém, apesar das muitas conquistas, acreditamos que ainda temos muito o que avançar.
Para você, quais foram as mudanças mais significativas vividas pelo mercado publicitário baiano e seus profissionais? E o que ainda falta para nos destacarmos ainda mais?
AC: A importância da comunicação e da produção de conteúdo para as empresas só faz crescer e se diversificar.
O mercado publicitário está evoluindo e é natural que siga agarrado a modelos que funcionaram muito bem no passado, mas que devem ser revistos.
Por esse motivo, os líderes precisam entender que a produção de conteúdo se tornou algo mais amplo e não está restrito apenas aos formatos consagrados antigamente.
A gente pode perder protagonismo se parar no tempo. Os clientes mudaram. As dores e desejos são outros. Temos novos veículos, novas abordagens, novas maneiras de apresentar uma ideia e divulgar ações.
Existem diversas possibilidades de obter bons resultados e é necessário explorar os recursos que surgiram nas últimas décadas com mais inteligência e ousadia. Também é essencial ampliar o olhar e ter em mente que empresas e profissionais que não eram vistos como potenciais clientes têm que estar no radar do mercado.
Construção de imagem e reputação, desenvolvimento de novas estratégias, produção de discurso e elaboração de produtos audiovisuais deixaram de ser necessidades apenas de grandes corporações. Temos que nos adaptar rapidamente a essa realidade que se impôs e não tem mais volta.
Mudar não é fácil. Eu entendo e vivo isso todos os dias. Mas admitir que a mudança é fundamental já é um primeiro passo muito importante.
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