Entrevista: Ana Rosa Humia – Coordenadora do Programa de Cuidados Paliativos da S.O.S. Vida
“A regulamentação e adoção da telemedicina traz contribuições para as diversas áreas de assistência à saúde. Um bom exemplo que podemos citar é a disponibilização de consultas com especialistas sem precisar sair de sua cidade, trazendo maior acessibilidade e agilidade em diversos casos. ”
Ana Rosa Humia é coordenadora do Programa de Cuidados Paliativos da S.O.S. Vida. Diante do registro dos primeiros casos de Covid-19 no Brasil, participou ativamente da missão de reestruturar os atendimentos, com o objetivo de liberar leitos hospitalares e seguir os padrões de qualidade exigidos e necessários, com segurança aos pacientes, seus familiares e funcionários.
Médica com titulação em Medicina da Família e Comunidade, especializada em cuidados paliativos e membro da Câmara Técnica de Atenção Domiciliar do Cremeb-BA, Dra. Ana Rosa acompanhou o aumento de 100% do atendimento por telemedicina na empresa nos últimos meses, uma das apostas do setor para a saúde do futuro.
ABMP: A chegada do novo corona vírus evidenciou a necessidade de desafogar a rede hospitalar para garantir assistência adequada para casos mais graves. Se a desospitalização é uma saída para o nosso sistema de saúde, qual é o papel do home care nesse processo?
AH: O objetivo da desospitalização é reduzir, na medida do possível, o tempo de internação hospitalar do paciente, permitindo a continuidade do tratamento em outro ambiente de menor complexidade como instituições de longa permanência, clínica de transição ou atenção domiciliar (home care). No caso do home care, ele permite a continuidade dos tratamentos no próprio domicílio, trazendo o benefício da proximidade com a família e o fato de estar em ambiente mais acolhedor. Assim que começaram a surgir os primeiros casos de Covid-19 no Brasil, nós iniciamos um diálogo com operadoras de saúde e hospitais para intensificar o processo de desospitalização nos casos onde o quadro clínico do paciente permitia, contribuindo para aumentar a oferta de leitos nos hospitais que estavam se preparando para a pandemia.
ABMP: Quais protocolos foram adotados para garantir a segurança e proteção dos pacientes que são do grupo de risco do novo corona vírus?
AH: Uma boa parte dos pacientes no home care possui um quadro de saúde fragilizado, sendo assim, a assistência segue protocolos robustos de cuidados e segurança. Por conta da pandemia algumas rotinas precisaram ser implementadas, alteradas ou intensificadas com objetivo de conter a propagação do contágio. A exemplo da ampliação do monitoramento por telefone e da avaliação médica via telemonitoramento, que permitiu a redução de visitas físicas sem prejuízos para o acompanhamento. Também realizamos diversas ações educativas e de conscientização junto as famílias, que são os grandes parceiros do home care em todo o processo.
Em paralelo a essas iniciativas, a empresa adotou uma série de medidas para garantir a segurança de seus profissionais, tanto nas atividades administrativas, quanto nos atendimentos assistenciais. Os profissionais destinados a atender casos suspeitos devem utilizar os EPI’s com medidas de precaução padrão (máscaras cirúrgicas, luvas, aventais não estéreis, gorro e óculos de proteção) e específicas para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro.
ABMP: No atendimento home care é garantido o monitoramento 24 horas e acompanhamento de equipe multidisciplinar. Como a S.O.S. Vida administra essa logística e equilibra a balança entre trabalho remoto e presencial para que o paciente não se sinta desassistido?
AH: A empresa garante este monitoramento 24h e acompanhamento multidisciplinar, analisando o quadro de cada paciente de forma a manter a assistência sem prejuízo clínico para o mesmo. Além disto, todo paciente com intercorrência continua sendo atendido seguindo os protocolos da S.O.S. Vida. Para administrar e equilibrar as ações desenvolvidas, houve redução (ou suspensão temporária) de atividades assistenciais nos domicílios de pacientes de baixa complexidade. Nos casos de alta complexidade, a frequência de visitas também foi readequada para minimizar os riscos de contaminação.
Como já citei, a redução da presença física veio acompanhada da intensificação do telemonitoramento no acompanhamento a estes pacientes pela equipe multidisciplinar. Todos as mudanças foram avaliadas individualmente, de acordo com o quadro clínico, demandas e projeto terapêutico do paciente.
ABMP: Quais os principais desafios na ampliação de serviços e estrutura com máxima agilidade no meio de uma pandemia? Como fazer isso de maneira segura, ordenada e eficaz?
AH: Os principais desafios estão relacionados a adoção de medidas preventivas eficazes para garantir a segurança do paciente e dos profissionais que o assistem. O fornecimento de materiais e insumos também é um desafio por conta do crescimento da demanda, restrições de importação e barreiras sanitárias. Assim como planejar treinamento e capacitação dos profissionais, neste momento, com reuniões virtuais. Uma das maneiras de garantir isto de forma segura e eficaz foi a elaboração de um mapa de criticidade, que representa o farol e o gatilho para o desenvolvimento de planos de ações que ajudem no controle das situações consideradas de risco. Além disso, criou-se um programa de aconselhamento psicológico, voltado para pacientes e familiares infectados pelo novo coronavírus.
ABMP: A telemedicina foi autorizada durante a pandemia, mas já era uma solicitação da classe médica. Quais contribuições esse modelo de atendimento pode oferecer e como deve ser utilizado após a pandemia?
AH: A regulamentação e adoção da telemedicina traz contribuições para as diversas áreas de assistência à saúde. Um bom exemplo que podemos citar é a disponibilização de consultas com especialistas sem precisar sair de sua cidade, trazendo maior acessibilidade e agilidade em diversos casos. A S.O.S. Vida já seguia um protocolo de telemonitoramento antes mesmo da pandemia. Porém, nossa comunicação era feita entre o profissional da base e o profissional presente no domicílio, através de uma ferramenta de vídeo onde as orientações eram feitas em tempo real. Este telemonitoramento no acompanhamento aos pacientes acontece pela equipe médica, de enfermagem, nutrição, psicologia e serviço social, intercalando assim com as visitas presenciais.
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