Entrevista: Carlos Andrade – Presidente da Fecomércio
“Mais otimista, o empresário se prepara para retomar investimentos. Estamos certos de que este cenário, muito em breve, impactará em mais vendas no varejo, na recuperação do setor de serviços, no turismo, entre outros.”
Farmacêutico, nascido em Amargosa, Carlos de Souza Andrade fundou a extinta rede Estrela Galdino e as farmácias de manipulação A Fórmula, atualmente com 74 unidades no país em sistema de franquia. Fundou o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia, além de atuar como diretor e conselheiro em outras entidades de classe voltados para comércio e saúde.
ABMP: Apesar da economia nacional sentir ainda os danos da crise econômica, o empresário parece estar mais otimista pra 2019. Segundo o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), pesquisa realizada pela Fecomércio, empresários de Salvador percebem melhoria de 46,1% no setor e 92,5% tem expectativa de que melhore ainda mais. A que se deve esse otimismo?
CA: As pesquisas de confiança são o melhor termômetro da economia. Elas antecipam altas ou quedas de consumo, de geração de emprego e de investimentos. Nos últimos meses, as nossas duas pesquisas mensais que medem a confiança, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio e o Índice de Intenção de Consumo das Famílias, estão em ascendência. A ICF de fevereiro, por exemplo, foi a maior para o mês de fevereiro dos últimos quatro anos no país. Isso se deve, em primeiro lugar, à fase de renovação política, e, em segundo, à recuperação, ainda que a passos lentos da economia. Já observamos a melhora na estabilidade dos preços, no nível de emprego, na percepção quanto à empregabilidade. Mais otimista, o empresário se prepara para retomar investimentos. Estamos certos de que este cenário, muito em breve, impactará em mais vendas no varejo, na recuperação do setor de serviços, no turismo, entre outros.
Aproveito a oportunidade também para divulgar aos associados da ABMP que todas as nossas pesquisas ficam disponíveis no nosso site www.fecomercioba.com.br.
ABMP: Para estes empresários que acreditam no aquecimento econômico e querem impulsionar novos negócios ou incrementar outros na Bahia, quais são, hoje, os principais desafios?
C.A: Ainda são muitos. A começar pela alta burocracia que perdura no nosso País para quem assume o desafio de iniciar um novo negócio. Infelizmente o Brasil é um dos países mais burocráticos do mundo. Outro ponto que dificulta a vida do empresário baiano e brasileiro são as taxas de juros escorchantes e a alta carga tributária. O ambiente de negócios por si só é um entrave para abertura de empresas e investimentos. Para melhorar é necessário efetivar as reformas estruturantes que o Brasil precisa (a Previdenciária, a Tributária e garantir a efetividade da Trabalhista) para que o empresário possa investir com segurança e gerar empregos. Dessa forma, o País entrará nos trilhos, garantindo mais um ciclo de desenvolvimento.
ABMP: Como avalia o desenvolvimento de estratégias e políticas públicas para atrair mais investimentos para o estado? Afinal, a abertura de novas empresas prospera também mais arrecadação, mais vagas de emprego – que a Bahia precisa recuperar – e atratividade da região para empresários.
C.A: As empresas do nosso setor, o comércio de bens, serviços e turismo, são as que mais empregam no Estado e estão entre os maiores contribuintes. Para que o setor volte a crescer, pleiteamos ao poder público medidas que estimulem a retomada do protagonismo do Estado no cenário nacional, em especial nas áreas de infraestrutura e educação. Defendemos a aprovação de medidas que facilitem a circulação de mercadorias e que ponham fim às guerras fiscais. O forte ajuste fiscal aprovado pela Assembleia Legislativa da Bahia no fim de 2018 já marcou o início de um horizonte positivo para 2019. Para o turismo, estamos confiantes que a chegada do novo Centro de Convenções seja um marco de retomada.
ABMP: Falando em emprego, o Brasil vem enfrentando demissões em escala, redução no número de vagas e, por outro lado, a carência de mão de obra qualificada. O Governo Federal anunciou, recentemente, a possibilidade de corte de 30% a 50% da receita destinada ao Sistema S, que viabiliza o funcionamento de entidades como o Sebrae, Sesi, Sesc e Senac e oferece para milhões de jovens brasileiros a oportunidade, muitas vezes única, de formação escolar e qualificação profissional. O que tem a dizer sobre esta medida e de que forma as lideranças empresariais podem contribuir para preservar o trabalho destas instituições?
C.A: A Fecomércio-BA é a entidade que administra o Sistema Sesc Senac na Bahia. Somos contrários a qualquer corte de recursos destinados ao Sistema S pelo Governo Federal. Estas instituições, que acumulam mais de 70 anos de serviços prestados ao País, são de fundamental importância para a Bahia e o Brasil, atendendo à qualificação profissional e ao bem-estar social dos comerciários. Contamos com o apoio dos empresários, cujos recursos mantêm o Sistema S, e estamos fazendo um forte trabalho junto aos parlamentares eleitos para mostrar o quanto o Brasil perde com o corte de receita do Sistema S.
ABMP: A Fecomércio é uma instituição importante para a integração e fortalecimento do mercado baiano. O que está na pauta de 2019 para fomentar novos negócios e oportunidades para o estado?
C.A: A Fecomércio-BA é uma entidade que tem em sua base 35 sindicatos empresariais filiados, muitos deles no interior do Estado. Uma de nossas metas é desenvolver esses sindicatos, para que se tornem cada vez mais fortes e representativos em suas bases, principalmente os do interior. Esse é um trabalho contínuo desenvolvido pela nossa gestão.
Um instrumento que serve de fomento de negócios e networking para os empresários baianos são as nossas câmaras setoriais. Mantemos câmaras de Turismo, Mulher Empresária, Jovem Empresário, Assuntos Tributários, Empresários em Shopping Centers e participamos da Câmara de Comércio Bahia – Argentina.
Também mantemos parcerias estratégicas com as nossas entidades coirmãs, a Associação Comercial da Bahia, a CDL Salvador, a FCDL, e as federações da Indústria e Agricultura. Dessas alianças surgem eventos e projetos que beneficiam os empresários do setor produtivo baiano ao longo do ano.
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