Entrevista: João Gomes – Ex-presidente da ABMP #EspecialABMP25Anos
“Ser uma entidade que agrega, se atualiza junto com o mercado, busca incessantemente sua qualificação e modernização legitimamente representa a cadeia produtiva da comunicação, é essa a maior contribuição, ou seja, a ABMP exerce o princípio da sua criação.“
Celebrar 25 anos de existência não é para qualquer um. E em comemoração a esse marco, convidamos quem nos ajudou a construir essa trajetória.
Fundada em 1998, a ABMP acumula uma série de conquistas, algumas delas realizadas durante a gestão de João Gomes, que esteve à frente da instituição de 2015 a 2017.
Cada uma das ações de João contribuíram para um único objetivo: fortalecer a imagem da ABMP em um momento crucial para o mercado publicitário.
Abaixo, João Gomes nos conta sobre esse momento em uma entrevista exclusiva. Confira a entrevista completa!
ABMP: João, à frente da ABMP você realizou grandes feitos como a reformulação da marca, entrega do site e muito mais. Conte para gente, como foi ser presidente de uma associação como a ABMP?
JG: Foi um momento necessário para fortalecer a entidade e dentre as ações fizemos a modernização da marca; reestruturação do site; parceria com colunistas (alguns estão até hoje) de vertentes diferentes ampliando nosso repertório e interações; fizemos a campanha: “Com a Comunicação também é assim. Melhor procurar um profissional”.
Este conjunto de ações foi discutido e planejado a partir da necessidade da reapresentação dos propósitos da ABMP para o trade (que muda com muita velocidade e por vezes deixa de compreender ou saber que existem entidades com o propósito da ABMP já tão bem descrito e relatado pelos ex-presidentes).
Encarei a passagem pela presidência como uma missão com o propósito de estarmos presentes e próximos dos nossos parceiros do mercado, mostrando a utilidade da ABMP. E aquele momento era ultra delicado.
Uma grande crise estava estabelecida no país devido a situação econômica, política e institucional entre os poderes. E havia enorme retração da atividade econômica e avanço exponencial das novas mídias. E foi justamente neste momento que vimos a necessidade latente de fortalecer a ABMP. E não fomos sozinhos.
Para esse momento, ampliamos nosso diálogo e conseguimos nos associar ao CENP e caminhar com a ABAP, Sinapro, Central e os associados compreenderam e se somaram.
ABMP: Um dos destaques da sua gestão foi o estudo de mercado que foi realizado em 2016. Esse projeto, foi essencial para que pudéssemos compreender melhor o nosso mercado. O que te motivou a pedir o estudo? E como os dados levantados por esse estudo orientaram a instituição à ação?
JG: A frase “Conhece-te a ti mesmo…” inscrita no templo de Delfos na Grécia é inoxidável ao tempo.
Em 2016, estávamos sem parâmetros para dimensionarmos o tamanho da nossa atividade; a nossa importância no Estado e a mobilização de recursos, empregabilidade de pessoas que a atividade realiza.
Visando entender a nossa posição no mercado, o estudo foi uma proposição aprovada para nos atualizarmos sobre nós mesmos e daí termos mais subsídios para abrirmos portas.
O Estudo é um instrumento para todo o mercado. Nossa cadeia produtiva se assemelha à indústria e a outros segmentos. Conduzido extremamente bem por Nelson Cadena, esse Estudo nos deu muita solidez para que novos projetos e ações da ABMP (e do trade como um todo) pudessem mostrar a grandiosidade do que somos como atividade produtiva.
ABMP: O mercado publicitário baiano mudou muito ao longo dos anos. Para você, quais são as transformações mais relevantes?
JG: A única certeza que temos é que a única constante no nosso mercado é a mudança.
O que entendo que não muda é que empregamos pessoas para fazerem ações que impactam e mobilizam pessoas. Nossa atividade ganha recursos tecnológicos, serviços e valores agregados, mas é o fator humano que cria, planeja, produz e entrega para impactar outros seres humanos.
A mudança é enorme: a TV passou para a tecnologia digital, a distribuição de conteúdo se transformou e os streamings e o consumo de vídeo por outras telas é muito real.
Até mesmo o meio rádio encontrou o caminho da sua permanência e importância também com o digital e se fortaleceu; o meio jornal foi muito impactado e hoje a digitalização é a nova forma de consumir esse meio; o MOOH tem mudado e crescido muito com placas digitais.
A expansão de opções de novos meios e canais de comunicação sem dúvidas é a maior mudança. O público muda e passa a consumir de forma diferente os conteúdos. A jornada das pessoas com relação à mídia é diferente, mudou muito. Gerar experiência, gamificação, influencers, branded content são alguns exemplos das mudanças.
ABMP: A ABMP está completando 25 anos e continua sendo uma entidade relevante para o nosso mercado. Para você, quais são as maiores contribuições da instituição para o mercado?
JG: É bonito ver essa história iniciada lá atrás e hoje estamos aqui falando sobre isso. Acho que a ABMP tem se atualizado e sido uma referência de integração entre agências, veículos e fornecedores.
O Scream é uma realidade e uma marca de gestão. A entidade passou a ter a liderança de Ana Coelho, que me sucedeu e foi a primeira mulher nessa jornada a presidi-la e hoje temos o Lucas que traz o frescor da modernidade e contemporaneidade d
Ser uma entidade que agrega, se atualiza junto com o mercado, busca incessantemente sua qualificação e modernização legitimamente representa a cadeia produtiva da comunicação, é essa a maior contribuição, ou seja, a ABMP exerce o princípio da sua criação.
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