Entrevista: Jonathas Freitas – Co-fundador do Gerenciagram, investidor e palestrante
“A forma como as pessoas compram na internet mudou, a forma como se vende também mudou. Os desejos e comportamentos mudaram e quem não estiver atento a essas mudanças vai quebrar ou ficar para trás nos próximos anos.”
Eleito empreendedor do ano pelo Prêmio Jovem Brasileiro (PJB) e investidor de startups, o paulistano de 30 anos, Jonathas Freitas, aposta no potencial da geração jovem que adota a tecnologia como parte essencial do seu negócio. Responsável por fazer sua empresa faturar mais de R$20 milhões e torná-la líder de mercado em menos de dois anos, utiliza seu perfil no Instagram (@jhon_freitas) como plataforma de conteúdo para orientar e inspirar seus quase 100 mil seguidores. Para ele, “o sucesso é uma ciência exata e qualquer pessoa consegue mudar de vida através de sua mentalidade e competências”.
ABMP: Você despontou no mercado digital rapidamente e hoje é premiado pelas iniciativas que auxiliam o empreendedorismo. De onde surgiu este interesse? Era algo que já vislumbrava por afinidade com o tema ou apenas percebeu a oportunidade e a abraçou?
J.F: Quando eu resolvi abrir minha primeira empresa, há mais de 10 anos, não existia o termo empreendedorismo. Eu só queria trabalhar para eu mesmo e minhas ambições eram poucas. A primeira delas era não quebrar a empresa e a segunda era poder me sustentar. Só que, ao longo dos anos, fui descobrindo que dava para fazer muito mais, que sonhar pequeno e sonhar grande dá o mesmo trabalho. Comecei a estudar pessoas de sucesso, a fazer muitos cursos técnicos e de desenvolvimento pessoal, até o dia que conheci, em 2014, uma estratégia de vendas que era muito nova no Brasil que foi batizada de marketing digital. Aí percebi uma grande oportunidade de vender meus produtos usando essa técnica de vendas online. Foram muitos erros e acertos, mas, com muita constância e trabalhando todos os dias durante esses mais de 10 anos, não tinha como só dar errado.
ABMP: O Gerenciagram é uma consultoria com ferramentas para impulsionar negócios a partir do gerenciamento e impulsionamento em redes sociais, que são recursos de baixo custo, acessíveis a qualquer pessoa. Este é o principal propósito?
J.F: O Gerenciagram nasceu de uma necessidade de conseguir aumentar as vendas de produtos ou serviços de pessoas comuns que não tem rios de dinheiro para poder investir na internet. Eu sempre pensei que o segredo de um negócio de sucesso não é cobrar muito caro de poucas pessoas, mas conseguir tornar acessível para muita gente. Essa é a ideia do Gerenciagram e uma das formas de gerar muito valor para nossos clientes é não falar apenas sobre a ferramenta, mas educá-los através de muito conteúdo online, ensinando-os como se comportar na internet.
ABMP: Seu trabalho como consultor e palestrante é voltado ao público jovem, grupo que vem sendo apontado como mais interessado em empreender que gerações anteriores. É possível traçar um perfil do empreendedor digital? São mesmo os iniciantes ou os mais experientes estão também se reinventando para acompanhar o novo consumidor?
J.F: Acredito que está muito claro para as pessoas que me seguem no Instagram que o mercado mudou como um todo. A forma como as pessoas compram na internet mudou, a forma como se vende também mudou. Os desejos e comportamentos mudaram e quem não estiver atento a essas mudanças vai quebrar ou ficar para trás nos próximos anos. Eu falo muito sobre isso no meu Instagram, e percebo que existem muitos públicos diferentes, desde o jovem que está começando sua carreira e quer começar de forma certa a muitas pessoas acima de 33 anos que já tem empresa e estão precisando de ajuda para não ficar para trás. Tudo que é ensinado hoje para essa nova geração é o mesmo conteúdo que foi ensinado há décadas atrás para o pessoal mais velho, só que essa forma de fazer negócio já está completamente ultrapassada.
ABMP: Muitos gestores e empresários, por não dominarem as ferramentas ou terem perfil mais tradicional, ainda resistem às redes sociais e outras plataformas digitais de venda. Como prevê o futuro destes negócios que não interagem com seus potenciais clientes?
J.F: Vão quebrar. Não tem muito segredo, é só você imaginar que a geração Z, nascida entre final da década de 90 e começo dos anos 2000, já chegou em um mundo muito tecnológico. Essas pessoas cresceram e se tornaram consumidores. Se os negócios mais antigos não perceberem essas mudanças, eles não vão sobreviver no mercado e, quando quebrarem, provavelmente vão falar que a culpa é da crise politica que está acontecendo no Brasil, mas não é. Ele só não percebeu essa mudança. Pra essa nova geração, tudo tem que ser muito rápido e precisa ser avaliado na internet. Estamos na era do compartilhamento, onde a credibilidade de uma empresa é o número de seguidores que ela tem no Instagram.
ABMP: Venda pelo Instagram e anúncios pelo Whats app estão entre as principais e mais potentes tendências de negócios para aumentar as vendas. Quais dicas você dá ao nosso leitor para não cometer gafes, afastar clientes e perder dinheiro?
J.F: A primeira delas é: NÃO FAÇA SPAM, ou seja, não mande mensagens para as pessoas que não te pediram para receber. Segundo: crie muito conteúdo de valor na internet. Hoje, qualquer pessoa desconhecida consegue ser ouvida nas redes sociais e qualquer empresa consegue falar qual a sua missão. As pessoas estão sendo movidas por comunidades, por uma causa, então, use a internet pra contar a sua causa, o motivo pelo qual você vende seu produto ou serviço, e seja muito autêntico na hora de criar conteúdo. Lembre-se de que tudo é uma construção a longo prazo e você não vai vender do dia pra noite, mas vai aprendendo, ao longo do tempo, como se comporta sua audiência e como conversar com ela até fazer suas primeiras vendas e depois escalar, podendo vender para muitas pessoas que te seguem no mundo online.
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