Entrevista: Lívia Cunha – Coordenadora de Programação Doca 1
“Boa parte da produção cultural local atua na informalidade, mas acreditamos que é justamente dentro das suas próprias comunidades, em suas respectivas redes, que esses profissionais e projetos se fortalecem. É por isso que desejamos amplificar essa potência que há nos diferentes grupos culturais e autodidatas espalhados pela Grande Salvador“
ABMP: Livia, sabemos que o Doca 1 é um espaço inovador, que surge como uma contraproposta ao que sempre foi praticado com a cultura da nossa cidade. De onde surgiu esse desejo e, porque, Salvador?
LC: O Doca1 nasce a partir do SALVADOR 360, um projeto da PMS, cuja missão é alavancar o setor criativo e gerar empregos para a área. Integrando o eixo da “Cidade criativa”, o polo de economia criativa surge para acolher e potencializar o que vem sendo praticado com a cultura soteropolitana, visando também gerar valor econômico. Nesse sentido, nosso objetivo é desenhar coletivamente novos modelos de investimento para a cultura, afinal, um dos principais gargalos da produção cultural, em especial, a independente, é galgar recursos que garantam sua sustentabilidade – e acredito que seja exatamente este nosso diferencial.
ABMP:De acordo com dados do Sebrae, o setor de economia criativa é composto por 85% de microempresas que atuam, muitas vezes, de forma isolada dentro das suas próprias comunidades. Sabendo que esta é a realidade dos trabalhadores da indústria criativa soteropolitana, como o Doca1 vem atuando para aproximar estes trabalhadores das grandes oportunidades?
LC: De fato, boa parte da produção cultural local atua na informalidade, mas acreditamos que é justamente dentro das suas próprias comunidades, em suas respectivas redes, que esses profissionais e projetos se fortalecem. Para amplificar essa potência que há nos diferentes grupos culturais e autodidatas espalhados pela Grande Salvador, almejamos costurar parcerias com órgãos públicos e outras importantes instituições, como SEBRAE, com objetivo de auxiliar na estruturação e formalização desses grupos e trabalhadores(as), assim como, oferecer programas de aceleração visando o desenvolvimento, crescimento e investimento para classe trabalhadora ligada à indústria criativa.
ABMP: O soteropolitano é, em sua essência, muito criativo. Afinal, respirar cultura e arte por onde passa, não poderia render nada diferente. Neste terreno fértil, o Doca 1 age como um potencializador da criatividade, transformando ideias em negócio. Como o projeto tem incentivado a monetização? E que tipo de capacitação os trabalhadores da indústria criativa soteropolitana têm recebido?
LC: Gradualmente estamos iniciando a programação no Doca1 e como primeira experiência de parceria, estamos apoiando o grupo cultural Batekoo, acolhendo a “Casa Batekoo”, que prevê a realização de atividades no espaço ao longo de dois meses. Prevê, inclusive, a oferta gratuita de cursos formativos que visam a profissionalização e capacitação de trabalhadores da indústria criativa soteropolitana. Focando na dimensão econômica da cultura, a proposta é que o Doca1 sempre receba, apoie e também proponha projetos e programas de formação e capacitação, fomentando alternativas para geração de renda e empregabilidade.
ABMP:Além de agir como um meio para a subsistência, as iniciativas criativas também têm um papel social. Sendo assim, para você, que tipo de benefícios iniciativas como o Doca 1 podem trazer para o meio social no qual estão inseridos?
LC: Um dos nossos grandes desafios é criar redes com nosso ecossistema, criando uma atuação social no bairro do Comércio, na cidade de Salvador. A partir dessas pontes e parcerias, almejamos promover atividades voltadas não só para a fruição e lazer, mas que também abordem questões identitárias fundamentais, como os direitos das mulheres, o racismo e o capacitismo. Esperamos, portanto, proporcionar um ambiente inclusivo, que acolha e discuta com profundidade esses temas, gerando assim um verdadeiro impacto social.
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