Entrevista: Luís André Bastos – CEO da Mundo PET

ago/2021

“Queremos que o cliente que não está nas nossas lojas continue tendo a experiência MundoPet. Então, temos uma forte comunicação nas redes sociais, investimos nos espaços de convivência para pets e tutores, realizamos eventos nas lojas e também ações offline em prédios residenciais para nos aproximarmos da comunidade ao redor.”

                                                      

Foram apenas quatro anos de intervalo entre a primeira e a décima loja da Mundo Pet, rede especializada em produtos e serviços para animais domésticos que nasceu na Bahia, em 2017, com a abertura da sede no Rio Vermelho. Durante a pandemia, período em que vários setores estagnaram ou decaíram, o setor pet cresceu e a rede nordestina investiu mais R$ 8,7 milhões, inaugurando três novas lojas e espaço de convivência para tutores e pets, em Salvador, gerando 74 vagas de trabalho.

Um dos empresários à frente da marca é o empresário Luis André Bastos, que é também master coach, teólogo, pastor e triatleta. Com experiência no mercado pet desde 1986, ele antecipa que a rede segue com planos de expansão para outras capitais do Nordeste e Norte do país e revela, ainda, nesta entrevista, as estratégias de venda e marketing que vem alavancando os negócios, desde campanhas sociais, adoção de mascotes ao multiserviço com acesso 24h.

 

ABMP: Pets ao invés de crianças. O modelo da família brasileira está mudando neste caminho e o mercado está acompanhando este movimento?

LB: O amor é um sentimento expansivo e está presente nas relações humanas e também entre os humanos e seus os pets. Esse novo modelo de família, composto pelos animais de estimação, chama a atenção. Uma constatação disso é o crescimento do mercado de pets, um dos poucos que cresceu durante a pandemia do novo coronavírus. Segundo projeções do Instituto Pet Brasil, no ano passado, o faturamento do segmento foi de $40,1 bilhões, um aumento de 13,5% em relação a 2019.

 

ABMP: Cada unidade da rede tem um mascote, um pet real que circula pela loja e interage com os humanos. De onde veio esta iniciativa?

LB: Todas as lojas na Bahia e nas outras praças (Pernambuco, Ceará e Paraíba) têm mascotes, poodles gigantes. A ideia surgiu com o objetivo de tornar o ambiente mais acolhedor e afetivo, permitir que os clientes e crianças possam interagir com eles e ficar mais à vontade nos espaços. No Rio Vermelho, onde abrimos a primeira unidade da rede, inaugurada no início de 2017, a mascote é José Negresco e, em Lauro de Freitas, inaugurada no início de 2020, temos Bel Marques. Os nomes fazem referências a artistas baianos, com Ivete, na loja da Pituba, Carlinhos, na Graça, e Léo, na loja do Salvador Shopping.

 

ABMP: A venda na linha pet vai além dos itens essenciais, traz afeto, não acha? A estrutura da loja traz esta proposta de transformar a venda do produto ou serviço em uma experiência para o consumidor, aquele humano que compra pra seu animal doméstico?

LB: Essa é a intenção. “Bem-vindo à Mundo Pet!”, é assim que nossos clientes são recebidos pelos nossos consultores, ou encantadores, como costumamos chamá-los. A Mundo Pet quer fazer com que pessoas se conheçam e que as lojas sejam locais de encontros. O nosso maior intuito é estreitar os laços dos grupos de pet, seja através de clubes de raça ou fãs de uma determinada espécie. Este estreitamento pode acontecer dentro dos eventos de adoção em parceria com as ONGs protetoras de animais, que fazem um trabalho extremamente importante para nossa comunidade. Desejamos que todos tenha uma experiência além da compra e oferecemos serviços especializados, como de estética, farmácia e atendimento veterinário, tendo plantão 24h na sede do Rio Vermelho.

ABMP: Os pet shops estão em cada esquina das grandes e pequenas cidades brasileiras. Como o Mundo Pet utiliza as estratégias de comunicação e marketing para se destacar neste mercado que cresceu mais de 13% em um ano?

LB: Queremos que o cliente que não está nas nossas lojas continue tendo a experiência MundoPet. Então, temos uma forte comunicação nas redes sociais, investimos nos espaços de convivência para pets e tutores, realizamos eventos nas lojas e também ações offline em prédios residenciais para nos aproximarmos da comunidade ao redor.

 

ABMP: A compra e adoção de animais domésticos tem crescido durante a pandemia, mas abandonos também. A Organização Mundial de Saúde estima que, no Brasil, são mais de 30 milhões de animais abandonados nas ruas. O que a Mundo Pet faz para atenuar esta situação?

LB: Nossa responsabilidade social está voltada para adoção. Em todas as lojas temos o Projeto Adotar, com adoção permanente de gatos e realização de eventos quinzenais de adoção de cães. Na Mundo Pet, nossa responsabilidade vai além do convencional, todo e qualquer pet adquirido ou adotado em nossas instalações tem nosso apoio por toda a vida. Independente do motivo, esses tutores não precisam abandonar seus pets. Nos encarregamos de buscar nova adoção. Queremos promover a posse responsável. Ser um tutor de pet é um ato de humanidade e requer muita responsabilidade.

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