Entrevista: Marcelo Lyra – Ex-presidente da ABMP #EspecialABMP25Anos
“O mercado publicitário é reflexo da economia local. Se a economia fica mais forte, reverbera em diversos setores, inclusive no de comunicação. Acredito no poder das relações como instrumento de fortalecimento das marcas, gerando valor reputacional, a partir de iniciativas que as aproximem e promovam a interação com a sociedade, mirando sempre no desenvolvimento coletivo“
Bem-vindos a mais uma edição de nossas entrevistas com os ex-presidentes da ABMP – Associação Baiana de Marketing e Propaganda.
Como você já sabe, a ABMP é uma organização que tem como objetivo fomentar o desenvolvimento do mercado publicitário baiano. Desde sua fundação em 1998, a entidade vem trabalhando para fortalecer a indústria de comunicação da região e expandir sua atuação.
Em 2004, a ABMP deu início à sua primeira expansão regional, que resultou na inclusão de associados em diversas partes da Bahia.
Com o passar dos anos, a entidade cresceu em tamanho e em importância, tornando-se uma referência no mercado publicitário do estado.
Este ano, a ABMP celebra seu 25º aniversário e, em homenagem a essa data especial, convidamos ex-presidentes para compartilhar conosco suas histórias e experiências à frente da instituição.
Hoje, nosso entrevistado é Marcelo Lyra, que esteve à frente da ABMP de 2003 a 2006. Vamos conhecer um pouco mais sobre sua trajetória e descobrir como a ABMP evoluiu sob sua liderança.
Confira a entrevista na íntegra abaixo.
ABMP: Parabéns pelo trabalho realizado na ABMP! Para você, Marcelo, o que foi mais gratificante durante a sua gestão? E como você enxerga os reflexos dos movimentos realizados no passado na construção do nosso presente?
ML: Nosso objetivo maior nas duas gestões foi ampliar a força e a presença do mercado publicitário baiano.
Para isso, levamos o trabalho da ABMP também para o interior do estado, regionalizando o associativismo, incentivando a integração e o network através da entidade. Com novas adesões, naquela época, a arrecadação teve aumento de 36%.
Fizemos também muitos eventos que se consolidaram como pontos de encontro dos profissionais da cadeia produtiva do setor, momentos riquíssimos de atualização, troca, novos negócios.
Um deles e o mais especial, foi o Prêmio ABMP, que chegou a oito edições. Os vencedores falam ainda com muito orgulho das suas vitórias. E acho muito bacana que esse legado tenha ficado.
Os eventos continuam. O Scream (Salvador Creativity and Media Festival realizado anualmente pela ABMP) está aí fazendo sucesso, trazendo convidados internacionais para trocas com os estudantes e profissionais baianos, incentivando talentos, criatividade, o empreendedorismo nas diversas formas que existem de comunicar e, principalmente, despontando a Bahia como polo criativo.
ABMP: Um dos grandes destaques durante o seu período de atuação é a criação do Prêmio ABMP. Qual é a importância desse evento e como ele movimentou o cenário na época?
ML: O talento baiano é tão celebrado no mercado publicitário, com tantas referências, e a gente não tinha na época nada que reconhecesse esse talento. Não só o lado criativo, mas também o do atendimento, o que está presente nos veículos de comunicação, na mídia.
Reconhecimento é sempre bom. E quando ele vem em forma oficial, no estado que é sua casa, melhor ainda. É um troféu que as pessoas guardam pelo resto da vida. Eu, por exemplo, recebi o prêmio da ABMP no ano de 2010 e guardo até hoje com carinho.
ABMP: Com a sua gestão, a ABMP começou a expandir seu campo de atuação para toda a Bahia, isso possibilitou agregar associados do interior, fortalecendo assim o nosso mercado e atraindo investidores.
Sabemos que hoje você agrega valor ao nosso mercado como anunciante, nos conte, qual é a sua visão atual do mercado local como fornecedor?
ML: O mercado publicitário é reflexo da economia local. Se a economia fica mais forte, reverbera em diversos setores, inclusive no de comunicação.
Acredito no poder das relações como instrumento de fortalecimento das marcas, gerando valor reputacional, a partir de iniciativas que as aproximem e promovam a interação com a sociedade, mirando sempre no desenvolvimento coletivo.
É isso que temos buscado na Acelen, estar onde a Bahia precisa, apesar de sermos um negócio B2B.
O profissional do mercado publicitário, em especial os gestores, precisam se envolver diretamente com os vetores que possam significar o crescimento da região, contribuindo para a evolução do mercado e, consequentemente, da sociedade.
ABMP: Reunir profissionais de diversos segmentos em torno de um objetivo comum não é uma tarefa simples, mas promover o crescimento do mercado baiano é um objetivo comum.
Que tipo de mudança você pôde perceber no mercado de comunicação baiano e como você enxerga o futuro na Bahia?
ML: A mudança no mercado de comunicação está ocorrendo a pleno vapor, independente da nossa vontade.
Se a gente remontar a 2003, quando assumi a presidência da ABMP, até 2023, quase 20 anos depois, o mercado é extremamente diferente. Muito maior, mais intenso e complexo.
Esse ambiente permanentemente em transformação não se reflete só na comunicação, mas em diversos espaços, até no metaverso. O que é que nós temos na Bahia? Nós temos uma capacidade criativa no nosso DNA, mundialmente reconhecida.
Mas, para que isso valha como diferencial, efetivamente, tem que estar direcionado a esse novo cenário de complexidade, de comunicação, que vai além da tecnologia, da evolução dos conteúdos.
Parto para a importância da comunicação corporativa na geração de valor para o negócio. A Bahia tem um arsenal de indústrias do polo petroquímico e de outros setores que não são intensivas em mídia.
A Acelen é uma empresa nova, de pouco mais de um ano, que não precisa de publicidade direta para gerar receita, não é varejista, por exemplo.
No entanto, tem grandes desafios nas operações, na transição energética, e está ativa, presente, engajada em comunicar, com transparência, seus objetivos, projetos e resultados, num modelo de comunicação 360º e contínuo, que tem agregado e muito à sua imagem e reputação.
Então, promover uma comunicação criativa, com identidade, que a conecte à reputação corporativa, seja um caminho interessante para que a importância da publicidade para a geração de valor ao negócio das empresas seja percebido de forma mais consistente.
Entrevista: Dinho Júnior – Apresentador e criador de conteúdo
"Minha função como criador vai além de entreter. Eu me sinto responsável por compartilhar práticas saudáveis com minha audiência. Falo frequentemente sobre a importância de limitar o tempo online e sobre como o mundo offline também é muito prazeroso. Nosso bem-estar...
Entrevista: Joyce do Vale – Gerente de Planejamento, Inteligência de Mercado e Branded Content do Grupo Jaime Câmara
"As marcas devem identificar os momentos críticos que influenciam a decisão de compra. Compreender as ocasiões em que o consumidor está mais propenso a comprar permite alinhar a comunicação com essas situações específicas, aumentando a eficácia das campanhas." ...
Entrevista: Renata Benigna – Diretora de Mídia da Visa
"A análise de dados permite que as empresas tomem decisões mais informadas e personalizem suas estratégias de marketing para maximizar os resultados." ...
Entrevista: Renata Fernandes – Escritora e Empreendedora
"No fundo queremos o mesmo, fazer com que o nosso público se sinta único. Não à toa valorizamos a experiência, além do produto em si. O caminho precisa ser proporcionar, tanto na publicidade quanto na literatura, experiências únicas que farão o consumidor se apaixonar...
Entrevista: Carlos Sérgio Falcão – Presidente da Winners Engenharia Financeira e Líder do Business Bahia
"O Summit fortalece ainda mais o compromisso do selo Made in Bahia. O fator de maior relevância é unir pensamentos, ideias, propostas e relações para o fortalecimento das cadeias produtivas em nosso Estado. Pretendemos incluí-lo no calendário de eventos corporativos...
Entrevista: Isabel Aquino – Publicitária, estrategista, especialista em análise de tendências
"Se não pensarmos coletivamente, estaremos sempre à margem do que temos potencial para ser. Se as empresas olharem apenas para os seus umbigos e não estabelecerem estratégias ESG – também um grande tema dos festivais – não seremos capazes de crescer coletivamente com...
junte-se ao mercado