abr/2019

Pesquisadora e publicitário analisaram, durante o programa ao vivo Quem sabe faz a live, perfil do novo consumidor e impacto nas estratégias de venda

 

Que o digital está interferindo diretamente, para o bem ou para o mal, nas vendas on e off, todo mundo já sabe, será que as marcas também? Para compartilhar as novas tendências com o mercado, do ponto de vista da comunicação, o Quem sabe faz a live, transmitido pela ABMP online na última terça-feira (23), trouxe especialistas que traduziram o que quer o novo consumidor e como as marcas devem se aproximar deste público.

Neste tema, três aspectos foram ditos em diferentes momentos da conversa: o mundo mudou, está mais volátil, rápido e interativo; o consumidor comum, hoje, transita pelo on e o off com grande poder de alavancar ou destruir marcas; mais importante que preço e qualidade, as marcas precisam transparecer seus valores regularmente e promover experiências que comprovem isto e criem identidade com o potencial consumidor.

Esta análise foi feita pelos convidados do programa, ancorado pelo publicitário e apresentador Léo Sampaio. Estavam presentes Karin Koshima, diretora executiva da Recomenda Pesquisas & Consultoria, especialista no comportamento do consumidor, eleitor e posicionamento de marcas e Raul Rabelo, publicitário, sócio-diretor de criação da Leiaute.

Para ela, o consumidor nunca teve tanto poder de impactar as marcas, o que demanda mais iniciativas advindas da comunicação. “Nenhum gestor de marca hoje pode dizer que está tranquilo porque ele sabe que qualquer coisa, de forma muito rápida, se propaga e pode, realmente, destruir anos de reputação. Tem muita coisa entrando no DNA das marcas que antes não se falava, precisando trazer pra perto alguns valores e posicionamentos importantes. As empresas precisam se encaixar nesta nova ordem”, avalia a pesquisadora.

Nesta nova relação, Raul ressalta que é fundamental estabelecer conexões, provocar um ponto de empatia onde o consumidor veja o produto e se identifique com ele. “Se você não é verdadeiro, o comprador não se interessa. As marcas não vendem mais produtos e serviços, trazem ideias de experiências de vida, engajamento com determinadas posições, sejam políticas, ideológicas. Tem que dizer quem você é, verdadeiramente”, opina.

Uma identidade positiva pode ajudar, inclusive, nas redes sociais, um dos principais canais de opinião do consumidor e comunicação das marcas. Quem concorda com isto é a pesquisadora: “Quando você imaginaria que ia colocar na rede social uma queixa do produto e ia ser ouvido pela presidência da marca? Aos poucos, isso vai deixar de ser simplesmente um comportamento intuitivo e circunstancial das ferramentas e ser intencional pra atingir a marca pro bem ou pro mal”.

E Raul completa, que “dentro dessa lógica que a gente vive, o consumidor tem o poder na mão mesmo, cada vez tem mais acesso a informações dos produtos e serviços. Mas este poder pode não estar organizado como deveria ainda, tornando até mais difícil para as marcas que para o comprador. Pra quem trabalha com comunicação, marketing, publicidade, é um momento de muito aprendizado, não paramos mais de nos atualizar e acompanhar as mudanças, nem tem receita de bolo”.

Pode não ter receita de bolo, mas os dois convidados renderam tanto no assunto que vale a pena conferir mais uma vez. Pra quem quiser assistir, o programa fica disponível no site da ABMP, na página da associação no Facebook e no canal do Youtube. Só não assiste quem acha que o bolo sai pronto. A próxima live já tem data. Salve na agenda: 7 de maio, às 17h, sobre brandformance.